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A menopausa, por muito tempo vista como um tema restrito à vida pessoal, começa a ser incorporada à agenda corporativa. O movimento “Making Menopause Work” (“fazendo a menopausa funcionar, em português”), criado pela Sociedade Internacional de Menopausa, vem impulsionando mudanças no ambiente de trabalho e inspirou a criação de programas como o “Menopause Friendly” (“amigo da menopausa”). A iniciativa, já presente em países como Reino Unido, Austrália e Estados Unidos, reconhece empresas que adotam políticas voltadas ao acolhimento de profissionais nessa fase da vida.

Segundo o documento que orienta a iniciativa, um em cada cinco profissionais no mercado de trabalho está entre a perimenopausa e a pós-menopausa. E cerca de 20% desse grupo apresenta sintomas intensos o suficiente para afetar a rotina pessoal e o desempenho profissional. Dores de cabeça, insônia, ondas de calor, dificuldade de concentração e alterações de humor são apenas alguns dos sinais que podem impactar o dia a dia e que, muitas vezes, ainda são ignorados no ambiente de trabalho.

Menopause friendly: um guia para gestores e equipes

O movimento não se limita a divulgar informações médicas. O foco é criar ambientes de trabalho mais acolhedores e funcionais para essa fase da vida. Assim, o guia da Sociedade Internacional de Menopausa reúne orientações voltadas a gestores e equipes de recursos humanos. Entre as recomendações estão: flexibilização de horários, possibilidade de pausas durante o expediente, ajustes no código de vestimenta, como uniformes mais leves, e incentivo ao diálogo aberto sobre o tema.

Essas medidas ajudam a reduzir, por exemplo, o desconforto físico e o estigma que ainda cerca a menopausa. Ao incluir o tema nas políticas de bem-estar e diversidade, as empresas reconhecem que o envelhecimento faz parte da vida profissional e deve ser tratado com naturalidade.

Reconhecimento para as empresas engajadas

Atualmente, o interesse corporativo em torno da causa tem crescido. Desde 2022, o Reino Unido realiza o “Menopause Friendly Employer Awards”, ou Prêmio Empregador Amigo da Menopausa, que chega à sua quarta edição em 2025. A premiação destaca organizações que adotam práticas concretas de apoio às mulheres nesse período e se tornaram referências para outras.

As categorias incluem “Empregador do Ano”, que reconhece a empresa com maior destaque em ações de acolhimento. Outra categoria é “Cultura Corporativa Mais Aberta”, para organizações que estimularam o debate interno. Já “Ambiente Amigável” valoriza adaptações práticas na infraestrutura. A premiação também abrange campanhas de conscientização e programas de treinamento.

A proposta não ficou restrita ao Reino Unido. Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos também adotaram versões locais do selo “Menopause Friendly, indicando um movimento internacional em direção a ambientes corporativos mais inclusivos.

Menopausa e o futuro do trabalho

A abertura para discutir a menopausa no ambiente profissional faz parte de um processo mais amplo de transformação no mundo do trabalho. Assim como questões de saúde mental, parentalidade e diversidade geracional passaram a ser incorporadas às estratégias de gestão de pessoas, a menopausa começa a ser reconhecida como um tema de produtividade.

O movimento “Making Menopause Work” mostra, portanto, que o bem-estar no trabalho passa, inclusive, por reconhecer as diferentes fases do corpo e suas necessidades. O que antes era visto como um tabu começa a ser entendido como parte natural da trajetória profissional feminina e isso pode melhorar a forma como empresas e colaboradores convivem, aprendem e evoluem juntos


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