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É post, é vídeo, é foto: o Instagram transborda conteúdo sem fim. Mas, em meio a essa avalanche, uma mudança no comportamento online está ganhando força: o feed zero. Longe da busca pela foto perfeita ou da necessidade de postar o tempo todo, a Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) está mudando a forma de usar as redes sociais, priorizando a privacidade em um ambiente que, ironicamente, se tornou excessivamente público e performático. 

Em vez de documentar a vida para as massas e postar no feed, os usuários optam por compartilhar conteúdos mais efêmeros no Instagram, como os Stories que desaparecem após 24 horas, e experiências com um círculo mais restrito nas mensagens diretas. Ou seja, a qualidade da interação se sobrepõe à quantidade de curtidas. Além disso, para muitos jovens, um feed zerado funciona como um escudo contra o bullying e a pressão social por uma vida online perfeita, refletindo um desejo por menos exposição e mais conexão genuína.

Essa guinada de comportamento não é por acaso. De acordo com o relatório “2025 Instagram Benchmarks” da Social Insider, o engajamento do Instagram está caindo. Em 2024, a plataforma registrou uma redução de 28% no engajamento em comparação com o ano anterior. Nem mesmo os vídeos curtos, como os Reels, escaparam dessa tendência. Embora sejam o segundo formato com melhor desempenho, apresentaram uma taxa média de engajamento de apenas 0,50%.

O movimento feed zerado e a recessão das redes sociais não devem ser tendências passageiras

Paralelamente a essa mudança no consumo de conteúdo, a confiança nos influenciadores digitais também mostra sinais de declínio. Segundo o estudo “2025: o futuro do consumo de mídias sociais na América Latina”, da Latam Intersect PR (LIPR), a maioria dos consumidores prefere a opinião de “gente como a gente”. A pesquisa, realizada com entrevistados de seis países da região, apontou que 77% dos participantes confiam mais em avaliações de usuários comuns, enquanto 7,6% se baseiam nas opiniões de influenciadores digitais. 

Por fim, o movimento feed zerado e a recessão das redes sociais não devem ser meras tendências passageiras, mas sintomas de uma transformação profunda no comportamento digital. Para plataformas e criadores, esse cenário representa tanto desafio quanto oportunidade: o futuro pertencerá àqueles que conseguirem priorizar conexões genuínas sobre exposição massiva. Em um mundo digital saturado, a autenticidade pode ser o que realmente engaja.


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