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Colocar a mão na massa pode ser mais do que um gesto de rotina. De acordo com o Relatório Mundial da Felicidade 2025, produzido pela empresa de análise e consultoria Gallup, cozinhar e compartilhar refeições está ligado ao bem-estar e à satisfação com a vida. O estudo mostra que atividades no fogão, como preparar um prato do zero ou mexer a própria panela, estão associadas a níveis mais altos de felicidade.

Os números dão um tempero extra a essa conclusão: seis em cada dez pessoas relatam sentir-se mais felizes após cozinhar. Já aqueles que se aventuram em receitas mais elaboradas têm cerca de 20% mais chances de avaliar a vida de forma positiva. Mais do que alimentar o corpo, o ato de cozinhar parece nutrir também a mente e as emoções.

Mas os benefícios não param na cozinha. O estudo destaca que dividir uma refeição é um dos indicadores mais consistentes de bem-estar subjetivo e comparável, em termos de impacto, à renda e ao trabalho. Pessoas que costumam comer acompanhadas relatam maior satisfação com a vida, além de apresentarem níveis mais altos de emoções positivas, como alegria, e menores índices de sentimentos negativos, como tristeza ou estresse.

Por outro lado, quem janta sozinho tende a avaliar a vida de forma menos favorável. A pontuação média de bem-estar dessas pessoas é de 4,9 em uma escala global, contra 5,5 ou 5,6 entre aqueles que regularmente dividem a mesa com alguém.

Pessoas que gostam de cozinhar ou dividem refeições tendem a manter hábitos de vida mais saudáveis

Além disso, o hábito de compartilhar refeições varia bastante pelo mundo. A América Latina e o Caribe, por exemplo, aparecem no topo do ranking, com uma média de nove refeições compartilhadas por semana. Já no Sul da Ásia, esse número cai para menos da metade: cerca de quatro refeições semanais em companhia. Essa diferença cultural também ajuda a explicar por que algumas regiões apresentam índices mais altos de apoio social e menores níveis de solidão.

Outro dado do relatório é que o impacto emocional de jantar sozinho parece ser mais forte para as mulheres. Elas relataram sentir níveis mais altos de emoções negativas quando comem sem companhia. Para os homens, essa diferença também existe, mas de forma menos intensa.

Especialistas envolvidos na pesquisa sugerem que os efeitos positivos não se resumem apenas ao ato de compartilhar o alimento. Pessoas que dividem refeições tendem a manter hábitos de vida mais saudáveis: comem melhor, são mais ativas fisicamente, passam mais tempo ao ar livre e ficam menos diante de telas. Ou seja, o hábito de cozinhar e partilhar a mesa pode ser um reflexo de um estilo de vida mais equilibrado.


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