Por muito tempo, a pele perfeita sem manchas, acne, cicatrizes ou rugas foi vendida como um padrão inalcançável de beleza. Mas esse ideal vem sendo questionado por um movimento nas redes sociais e fora delas: o skin positivity (positividade da pele, em tradução livre). O conceito propõe uma mudança de olhar sobre a própria pele com acolhimento, respeito e menos filtros.
O movimento defende que a acne, melasma, rosácea, poros aparentes ou marcas do tempo não devem ser escondidas ou tratadas como falhas. São parte da história de cada pessoa e, por isso, merecem ser vistas sem julgamento. Isso não significa abandonar os cuidados com a pele, mas entender que saúde e beleza não estão ligadas à perfeição.
Influenciadoras como Sofia Grahn e a brasileira Mariana Mendes têm usado suas redes para mostrar, sem retoques, as particularidades da própria pele. Além de promoverem a aceitação do que é natural, elas compartilham rotinas de cuidados e truques de maquiagem que valorizam a pele. Além das criadoras de conteúdo, muitas pessoas têm se juntado ao movimento, postando suas fotos no Instagram com a hashtag #skinpositivity. A troca de experiências tem fortalecido uma comunidade que acredita na beleza real, aquela que não depende de edição, nem de esconder imperfeições.
O skin positivity também abre espaço para conversas mais honestas sobre autoestima, saúde mental e pressão estética. Em vez de esconder imperfeições, o foco está em buscar o que faz bem e aceitar os ciclos da pele, o que, como tudo no corpo humano, muda com o tempo, os hormônios e o estilo de vida.
Aceitar suas manchas, texturas ou cicatrizes pode ser um processo, mas é também um gesto de autoaceitação. A pele que você tem hoje carrega vivências, fases e transformações e, portanto, merece ser vista com mais gentileza.