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A palavra “cuidado” costuma despertar imagens glamourosas: um spa perfumado, uma pele radiante depois de uma sessão no dermatologista, uma taça de vinho na varanda ao pôr do sol em Mykonos. Eu gosto disso tudo, claro. Mas aprendi que autocuidado vai muito além do estético ou do instagramável. Na prática, ele pode ser bem menos romântico e bem mais desafiador: às vezes, cuidar de mim significa dizer “não”, mesmo quando o mundo espera que eu diga “sim”.

Quando pensamos em parar, descansar ou simplesmente nos recolher, logo aparece uma voz interna – ou externa, mesmo – que sussurra: “isso é egoísmo”. Durante muito tempo eu acreditei nisso. Acreditava que abrir mão de um compromisso, cancelar uma reunião ou adiar um projeto era sinal de fraqueza. Hoje eu sei que não é. Hoje eu entendo que respeitar meus limites é a forma mais corajosa de seguir em frente.

Autocuidado, para mim, é sobrevivência porque sem ele eu me perco. Perco minha energia, minha criatividade, meu entusiasmo pelas coisas que mais amo. Perco até a capacidade de estar inteira nas relações que me importam. De que adianta ser a pessoa que está em todos os lugares, mas nunca em si mesma? De que adianta ser lembrada por cumprir expectativas, se dentro de mim existe apenas cansaço e vazio?

Como eu faço para cuidar de mim

É preciso ressignificar a ideia de cuidar de si. Não é só sobre ter uma rotina perfeita de skincare, frequentar aulas de yoga ou cozinhar receitas saudáveis. Isso pode ser delicioso, mas não é o todo. Às vezes, o autocuidado é feio, é bagunçado, é desconfortável. É ter a coragem de desmarcar um jantar porque você precisa ficar em casa. É admitir que não dá conta de tudo, mesmo que isso pareça desapontar alguém. É escolher dormir cedo em vez de esticar a noite para dar conta de mais uma lista interminável. É olhar no espelho e não se cobrar um sorriso quando o corpo só pede descanso.

Existe um paradoxo bonito nisso: quando eu me coloco em primeiro lugar, não é só a mim que eu protejo. Eu também cuido de todos os que estão ao meu redor. Porque só quando estou inteira, equilibrada e em paz comigo mesma, consigo oferecer algo verdadeiro aos outros. Só quando não me traio, consigo me entregar de verdade.

É claro que o mundo segue pedindo pressa. Os prazos não desaparecem, as demandas não somem, as expectativas continuam lá. Mas, no meio disso tudo, eu descobri que há poder em pausar. Esse é o meu ritual: me escolher. E se isso parece pouco, eu já entendi que, na verdade, é tudo.


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Foto de Ju Ferraz

Ju Ferraz

Colunista

Impulsionadora do marketing nacional e de projetos especiais, é das principais referências de networking do Brasil. É sócia junto à direção de novos negócios e de relações públicas da Holding Clube, grupo...
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