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Durante o Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, especialistas reforçam que, além do diagnóstico precoce e da importância dos exames de rotina, é preciso olhar também para hábitos que impactam a saúde das mulheres. Aline Wolff, psicóloga especialista em Alto Desempenho e líder das ações de saúde mental do Comitê Olímpico Brasileiro, explica que autocuidado e auto-sacrifício são conceitos diferentes. Confundir os dois pode trazer consequências tanto para a saúde física quanto para a mental.

Autocuidado e auto-sacrifício: o que é cada um

Segundo Wolff, o autocuidado deve ser entendido como parte da vida produtiva e da prevenção em saúde. Já o auto-sacrifício, muitas vezes naturalizado na cultura feminina, pode levar a um ciclo silencioso de adoecimento. “Desde cedo, mulheres aprendem que são responsáveis pelo cuidado do outro: filhos, casa, família. Muitas vezes, ainda meninas, assumem responsabilidades emocionais que não caberiam à sua idade, como cuidar dos próprios pais. Esse modelo cultural coloca a mulher em um lugar de sobrecarga, em que olhar sempre para fora significa, muitas vezes, esquecer de si mesma”, afirma.

Essa dinâmica faz com que sinais de desgaste passem despercebidos. Ansiedade, cansaço extremo e dores físicas são alguns exemplos que podem ser ignorados em nome das responsabilidades com os outros. “Isso afeta tanto a saúde mental quanto a física. Além disso, o auto-sacrifício atrapalha inclusive a adesão aos exames de rotina, fundamentais na prevenção do câncer de mama”, acrescenta a psicóloga.

O conceito de autocuidado, inclusive, envolve reservar tempo e atenção para si mesma, seja para realizar exames periódicos, manter hábitos saudáveis ou reconhecer os próprios limites. “Quando equilibramos o que damos ao outro e o que reservamos para nós mesmas, construímos saúde e prevenimos adoecimentos”, pontua Wolff. Ela ressalta ainda que o autocuidado não deve ser visto apenas como uma escolha individual. Para que mulheres consigam se colocar em primeiro plano, é necessário que o coletivo, incluindo políticas públicas, ambientes de trabalho e redes de apoio, ofereça condições de suporte. “Uma mulher que tem apoio para cuidar de si está mais forte para continuar sua jornada coletiva”, destaca.

Mais do que um mês de conscientização

O Outubro Rosa, portanto, reforça também a necessidade de ressignificar práticas de cuidado no dia a dia. A campanha é um lembrete de que cuidar de si mesma não é egoísmo, mas parte da prevenção. Ao equilibrar responsabilidades externas com atenção ao próprio corpo, as mulheres podem, por exemplo, reduzir riscos e fortalecer sua saúde. E isso inclui, inclusive, manter em dia consultas médicas e exames de rotina, como a mamografia, essenciais para aumentar as chances de um diagnóstico precoce do câncer de mama.


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Foto de Laís Siqueira

Laís Siqueira

Jornalista

Jornalista e pós-graduada em Marketing, gosto de pesquisar, descobrir histórias e traduzir conceitos complexos em conteúdos que façam sentido. Sou movida pela curiosidade e pelo interesse em explorar o universo...
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