Presente em alimentos como peixes gordurosos (salmão, sardinha e atum, por exemplo), na gema de ovo, no leite e sintetizada pela exposição solar, a vitamina D é um nutriente importante para a saúde e o bom funcionamento do organismo. E tem novidade no mundo da ciência: pesquisadores da Mass General Brigham, empresa de pesquisa hospitalar dos Estados Unidos, identificaram que a suplementação de vitamina D3 consegue desacelerar o envelhecimento das células humanas.
O estudo, publicado no The American Journal of Clinical Nutrition, acompanhou mais de mil pessoas durante quatro anos. Os resultados mostraram que participantes que receberam vitamina D3 tiveram menor encurtamento dos telômeros, estruturas que protegem as extremidades dos cromossomos e se desgastam naturalmente com a idade.
Esse desgaste dos telômeros funciona como um marcador biológico do envelhecimento e está associado ao maior risco de desenvolver doenças relacionadas à idade avançada. A diferença observada foi expressiva: participantes que receberam vitamina D3 apresentaram quase três anos a menos de envelhecimento celular em relação àqueles que não receberam a suplementação.
A vitamina D já era reconhecida, inclusive, por seus efeitos positivos na saúde óssea e no fortalecimento do sistema imunológico. O nutriente também possui propriedades anti-inflamatórias que podem reduzir o risco de doenças crônicas, incluindo alguns tipos de câncer e condições autoimunes.
Portanto, com essa nova descoberta sobre o envelhecimento celular, manter bons níveis de vitamina D, seja pela alimentação, exposição ao sol ou suplementação, pode ser ainda mais importante do que se imaginava.