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Com o crescimento da população idosa no Brasil, temas como saúde mental e bem-estar na terceira idade ganham cada vez mais destaque. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em pouco mais de 20 anos, a população com 60 anos ou mais passou de 15,2 milhões para cerca de 33 milhões, superando pela primeira vez o número de jovens no país. Esse crescimento evidencia a necessidade de criar oportunidades que incentivem a socialização, estimulem a mente e proporcionem experiências positivas.

Embora o envelhecimento traga experiência, sabedoria e momentos de realização, também pode ser acompanhado por desafios emocionais. A solidão é um dos fatores mais comuns que afetam a saúde mental dos idosos. Morar sozinho, perder amigos ou familiares e reduzir a participação em atividades sociais podem intensificar sentimentos de isolamento, que, por sua vez, aumentam o risco de depressão e ansiedade.

Para driblar esse cenário, especialistas reforçam a importância de manter a mente ativa e cultivar relações sociais. “Atividades que promovem interação, aprendizado e troca de experiências são fundamentais para o bem-estar na terceira idade”, explica a psicóloga Carmen Fonte. Ela recomenda que os idosos busquem espaços que estimulem tanto o corpo quanto a mente de forma prazerosa e regular.

Atividades recomendadas para a terceira idade

Entre as atividades que ajudam a combater a solidão, grupos de leitura e clubes de livros se destacam. Esses encontros permitem a troca de ideias, a discussão de temas literários e, principalmente, a construção de amizades. Dessa forma, a leitura coletiva cria um senso de comunidade e é uma forma de exercitar o cérebro e, ao mesmo tempo, socializar.

Outra alternativa é o voluntariado. Participar de projetos sociais ou de instituições de apoio a outras pessoas gera propósito e contribui para a autoestima. Além disso, ações voluntárias incentivam a criação de novos laços e proporcionam um sentimento de pertencimento, tão importante para o equilíbrio emocional.

Oficinas de arte, como pintura, cerâmica, música ou dança, oferecem aprendizado e socialização simultaneamente. Atividades físicas leves, incluindo caminhadas, yoga e hidroginástica em grupo, contribuem para a saúde e possibilitam contato regular com outras pessoas. A mente pode ser mantida ativa por meio de jogos de memória, cursos de idiomas, desafios cognitivos e uso da tecnologia para aprendizado. “Participar de atividades de forma constante ajuda a manter o raciocínio ágil e a rotina mais interessante”, comenta a especialista.

Além disso, espaços comunitários, como praças, cafés e centros culturais, funcionam como pontos de encontro informais. Neles, os idosos podem socializar, participar de atividades e criar vínculos, sem pressões externas.

Pontos que exigem atenção

Apesar dessas estratégias, é importante observar sinais de que a ajuda profissional pode ser necessária. “Mudanças no sono, no apetite e no humor ou sentimentos persistentes de tristeza, ansiedade ou desânimo indicam a necessidade de acompanhamento. Psicólogos, psiquiatras e geriatras podem orientar estratégias para lidar com essas situações e oferecer suporte adequado, garantindo que a terceira idade seja vivida com equilíbrio e qualidade de vida”, conclui a psicóloga.


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