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Por décadas, casar era quase um roteiro obrigatório para a vida adulta, principalmente para as mulheres. Formar-se, encontrar o par ideal, trocar alianças e ter filhos compunham um roteiro socialmente validado, e quem fugia dele costumava enfrentar olhares curiosos ou comentários atravessados. Ser solteira aos 30, 40 ou 50 anos era visto, muitas vezes, como sinônimo de fracasso ou solidão.

Esse cenário, porém, mudou. Segundo um levantamento da empresa de pesquisas e insights Hibou, realizada em fevereiro deste ano, 52% dos brasileiros estão solteiros. Em 2022, eram 39%. Entre os que vivem sozinhos, 34% dizem preferir permanecer assim. Já 27% dizem estar em um relacionamento consigo mesmos, dedicando mais tempo ao próprio bem-estar.

As razões do solteirato feminino

No recorte feminino, os números acompanham uma tendência global e mostram que o solteirato feminino está em alta. De acordo com um estudo do grupo Morgan Stanley, até 2030, 45% das mulheres entre 25 e 44 anos estarão solteiras e sem filhos. A explicação passa por transformações: maior autonomia financeira, priorização da carreira e liberdade para decidir se e quando constituir família. Hoje, a decisão de casar ou não é pessoal, não um padrão imposto socialmente.

Além disso, a geração atual cresceu vendo formas mais diversas de viver. Pais divorciados, amigas que dividem apartamento e não planejam morar com parceiros, vizinhas que adotam crianças sozinhas, famílias com dois pais e profissionais que priorizam viagens em vez de construir uma casa própria. A ideia de felicidade deixou de estar atrelada a um modelo único e a pressão social para casar perdeu força. Atualmente, uma mulher que escolhe permanecer solteira não é automaticamente rotulada como “encalhada”, pois muitas vezes, ela é vista como alguém que sabe o que quer.

Isso não significa que o romantismo esteja fora de moda. Há quem ainda procure um par: 18% dos solteiros dizem estar na busca e 11% recorrem a encontros online, embora 75% relatem medo de golpes virtuais. Mas o casamento deixou de ser meta obrigatória. O solteirato feminino, antes visto como destino indesejado, agora pode ser uma escolha consciente e, para muitas, libertadora.


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