Em algum momento, a dúvida sobre merecer o que conquistamos já nos assombrou, não é? Hoje, ao escrever sobre a síndrome do impostor, confesso que a questão também me atravessa: será que sou a pessoa ideal para falar sobre isso? Mesmo com uma trajetória que inclui novelas, personagens de sucesso, sociedade em uma rede de clínicas, gestão da minha carreira e o podcast “Pé no Sofá Pod” com a minha filha Jujuba, essa insegurança sempre dá um jeito de aparecer.
Sabe aquela sensação esquisita de que, a qualquer momento, podem perceber que você está só “na sorte”? Que seus acertos foram obra do acaso e você está meio que enganando todo mundo? Pois é, e se você se identifica com isso, saiba que não está sozinho(a)… É como ter um técnico de VAR particular na cabeça de olho em cada conquista só para ver se acha algum erro que prove que você não é tão bom assim.
Não importa se você está brilhando na sua área ou começando agora, a síndrome do impostor pode sussurrar umas dúvidas bem inconvenientes
E a ironia é que, muitas vezes, essa dúvida bate forte justamente naqueles que realmente se esforçam porque a insegurança não escolhe quem ela vai visitar. Não importa se você está brilhando na sua área ou começando agora, ela pode sussurrar umas dúvidas bem inconvenientes. Tem dias que a gente acorda se sentindo dono do pedaço, confiante. Mas tem outros… ah, tem outros que a gente se questiona. Quem nunca passou por isso, que atire a primeira pedra!
Confesso que, às vezes, me pego pensando se não sou a “impostora master”. Já me elogiaram por uma atuação, por exemplo, e a primeira coisa que pensei foi: “Ah, a luz tava boa naquela cena”. Essa mania de diminuir nossos próprios méritos… Será que é humildade ou só a bendita síndrome querendo pintar um quadro de fraude onde não existe? Porque, pensando bem, se eu fosse uma fraude completa, como teria chegado até aqui?
Acho que o grande lance é reconhecer essa voz crítica sem deixar que ela nos paralise. Acreditar no nosso caminho, com os tropeços e acertos, é um baita ato de coragem para a gente que, volta e meia, se sente meio intruso na própria história. E se essa reflexão te tocou de alguma forma, te convido a clicar aqui e conferir o meu quadro “‘Só se fala”, onde abordo esse tema com um toque mais leve. Que a gente comece a tentar se dar um crédito, combinado?