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Atualmente, a saúde mental dos trabalhadores tem sido cada vez mais afetada pelo ambiente profissional. Sobrecarga de tarefas, pressão por resultados e conflitos interpessoais contribuem para o aumento de casos de estresse, ansiedade e burnout, muitas vezes invisíveis, mas de grande impacto na vida pessoal e profissional. 

Bruna (nome fictício), de 28 anos, é um exemplo desses efeitos. Funcionária de uma empresa de telefonia, ela sofria assédio do chefe e, ao tentar denunciar a situação ao setor de compliance, acabou demitida. “Foi um período muito difícil. Precisei fazer tratamento psiquiátrico e fiquei muito abalada e fragilizada. Me senti totalmente desamparada e com medo de demonstrar minha vulnerabilidade”, relata. 

Estudos recentes confirmam que experiências como a de Bruna não são isoladas. Segundo uma pesquisa da The School of Life, em parceria com a consultoria de recrutamento Robert Half, o uso de medicamentos psiquiátricos para lidar com problemas emocionais aumentou em 2025 na comparação com 2024. No caso dos líderes, o consumo subiu de 18% para 52%; entre colaboradores, passou de 21% para 59%. Além disso, 27% dos líderes e 26% dos funcionários receberam diagnósticos de estresse, ansiedade ou burnout no último ano. 

O que prejudica a saúde mental dos trabalhadores?

Os fatores que mais impactam a saúde mental incluem sobrecarga de trabalho (37%), pressão excessiva por resultados (33%) e conflitos interpessoais (31%). O levantamento indica ainda que muitos profissionais evitam demonstrar fragilidade ou buscar ajuda, temendo julgamentos ou repercussões na carreira. 

Especialistas destacam que algumas mudanças podem ajudar a reduzir a pressão e melhorar o bem-estar emocional. Bruna acredita que algumas ações fariam diferença: “Ter pausas regulares durante o dia, horários mais flexíveis e lugares para conversar sem medo de retaliação ajudariam muito. Um ambiente em que as pessoas possam pedir ajuda sem serem julgadas faria com que me sentisse mais segura”, diz.

Além disso, reconhecer limites e buscar apoio psicológico é essencial. Cuidar da própria saúde mental não é sinal de fraqueza, mas de responsabilidade consigo mesmo e com a equipe. Profissionais emocionalmente equilibrados tendem a ter melhor desempenho, mais criatividade e menor risco de afastamentos.

Empresas que investem em programas de prevenção, acompanhamento psicológico e cultura de diálogo aberto observam reflexos positivos na satisfação e produtividade das equipes. Ações simples, como políticas claras contra assédio e sobrecarga, podem transformar o ambiente de trabalho, reduzindo o impacto de situações traumáticas e promovendo o bem-estar coletivo. 

Portanto, a história de Bruna evidencia a urgência de políticas efetivas de cuidado emocional nas empresas. Com o aumento da pressão e da complexidade das demandas, o desafio, portanto, é construir espaços de trabalho que equilibrem performance e saúde mental, garantindo que os profissionais possam exercer suas funções sem comprometer sua integridade emocional.


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