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Se o burnout já entrou para o vocabulário de quem fala sobre saúde mental e carreira, um novo termo começa a ganhar espaço nas discussões corporativas: o rust out. A expressão, em tradução livre, significa algo como enferrujar e descreve o desgaste emocional causado não pelo excesso, mas pela falta de estímulos no trabalho.

Enquanto o burnout é marcado pela sobrecarga e pelo ritmo acelerado, o rust out nasce da monotonia e da estagnação profissional. São aquelas tarefas repetitivas que não desafiam, a ausência de oportunidades de crescimento e a sensação de que o potencial não está sendo aproveitado. O resultado pode ser igualmente perigoso: queda de motivação, insatisfação e até sintomas de ansiedade ou depressão.

E não se trata de algo raro. Segundo a 2ª edição do Engaja S/A, índice de engajamento organizacional feito pela Flash em parceria com a FGV-EAESP e Grupo Talenses, seis em cada 10 trabalhadores estão desengajados no trabalho. Entre os principais fatores de insatisfação estão a remuneração, marcada pela percepção de salários, bônus e benefícios pouco atrativos; a falta de oportunidades de crescimento; e a ausência de confiança na liderança, reflexo de uma alta gestão muitas vezes desconectada da realidade dos times.

Para visualizar melhor, pense em um profissional que passa anos executando tarefas automáticas, sem chance de inovar ou aprender algo novo. Aos poucos, a energia dá lugar à apatia. O expediente é cumprido, mas sem entusiasmo. Em outros casos, o sentimento de travar pode surgir quando alguém percebe que está há muito tempo na mesma posição, sem promoções ou reconhecimento.

Como evitar o rust out

Por isso, o fenômeno merece atenção porque compromete tanto a produtividade quanto o bem-estar. Diferente do burnout, que costuma chamar a atenção por crises visíveis, o rust out age de forma discreta. Portanto, reconhecer os sinais do rust out é essencial para evitar que a estagnação se torne crônica. Entre as alternativas estão buscar atividades que despertem interesse fora da rotina, propor novos projetos dentro da empresa, conversar com líderes sobre oportunidades diferentes, investir em cursos ou especializações e procurar mentorias.

Em alguns casos, trocar experiências com colegas, assumir responsabilidades em áreas paralelas ou explorar hobbies também pode trazer mais energia para o dia a dia profissional. O importante é criar, por exemplo, pequenos rituais de estímulo que devolvam o senso de propósito e evitem a sensação de “enferrujar” no trabalho.


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