Falar em autocuidado costuma remeter a práticas individuais, como dormir bem, praticar exercícios, alimentar-se melhor. Mas o bem-estar também passa pelas relações que construímos ao longo da vida. Conexões com parceiros, amigos, familiares e até desconhecidos influenciam diretamente a saúde mental, emocional e física.
De acordo com um estudo da Universidade de Harvard, que acompanha várias gerações desde 1938, a qualidade das conexões interpessoais é um dos maiores indicadores de longevidade e bem-estar. Os participantes que mantinham relações próximas, de confiança e afeto viveram mais e relataram níveis mais altos de satisfação com a vida.
Essas relações não precisam ser perfeitas ou intensas. Pequenos gestos no dia a dia, como conversar com alguém durante o almoço, trocar mensagens com quem mora longe ou se lembrar do aniversário de um colega, ajudam a fortalecer o senso de pertencimento. Compartilhar experiências, ter com quem dividir preocupações ou apenas sentir-se ouvido pode aliviar o estresse e aumentar a sensação de segurança emocional.
A presença das redes sociais e dos aplicativos de mensagens pode facilitar o contato, mas não substitui a qualidade da interação presencial. Uma conversa sem distrações, um encontro olho no olho ou até um passeio em boa companhia têm efeitos positivos que vão além do momento. Esses vínculos nos ajudam a atravessar fases difíceis, além de contribuírem para o equilíbrio emocional.
Cuidar das relações é, portanto, uma extensão do cuidado consigo mesmo. Estar aberto ao convívio, manter o diálogo e investir tempo em conexões genuínas também é uma forma de manter a saúde em dia. E você, tem alimentado as conexões que fazem bem?