A queda capilar é uma condição comum que afeta cerca de 50% das mulheres, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Para muitas, a percepção começa sutil: alguns fios a mais no travesseiro, um volume maior no ralo. Todavia, essa perda capilar vai muito além de uma questão estética: ela pode ser um sinal de que o organismo precisa de atenção.
A partir dos 40 anos, o corpo feminino passa por transformações que podem impactar diretamente a saúde capilar. As alterações hormonais, sobretudo o aumento dos níveis de testosterona, que se acentua durante a menopausa, estão entre os principais fatores por trás da queda excessiva.
Procedimentos químicos, como alisamentos, descolorações e colorações, são capazes de acelerar tanto a queda quanto o enfraquecimento dos fios. O uso excessivo de ferramentas de calor, como secador e chapinha, também contribui para fragilizar os cabelos.
De acordo com a cabeleireira e terapeuta capilar com três décadas de experiência, Beth Pimentel, os sinais são bem característicos. “O primeiro indício é o aumento na quantidade de fios que caem durante a lavagem e o penteado. Depois de alguns meses, geralmente entre dois e três, surge a rarefação capilar, quando o cabelo fica visivelmente mais ralo“, explica.
Queda capilar pode indicar estresse, deficiências nutricionais ou alterações hormonais
A especialista ressalta que existe uma queda natural diária, que varia entre 50 e 150 fios. “Quando essa quantidade é ultrapassada, pode indicar outros fatores, como estresse, deficiências nutricionais ou alterações hormonais”, esclarece Beth. A terapeuta capilar desfaz alguns equívocos comuns sobre o assunto. “Existem mitos que persistem, como a ideia de que lavar o cabelo todos os dias aumenta a queda ou que usar boné causa o problema. Na verdade, é preciso investigar a causa real”, afirma Beth, que desenvolve tratamentos como o detox capilar, aplicado semanalmente para nutrir os fios e hidratar o couro cabeludo das suas pacientes.
Para quem enfrenta perda capilar excessiva, a orientação profissional é indispensável. “No trabalho de terapia capilar, fazemos uma análise completa do couro cabeludo, investigamos o histórico da paciente, avaliamos exames laboratoriais e desenvolvemos um protocolo personalizado”, detalha Beth.
Esses protocolos incluem técnicas como LED terapia, microagulhamento, vapor de ozônio e aplicação de tônicos específicos. “Para quem está passando por essa situação, é essencial procurar um profissional especializado, fazer os exames necessários e descobrir qual tratamento é mais adequado”, recomenda a especialista. Portanto, se você notou um aumento na queda dos seus cabelos, não deixe de investigar.