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​O pilates, criado no século 20 pelo alemão Joseph Pilates, nasceu como um método que combina exercícios no solo e em aparelhos para trabalhar força, flexibilidade e consciência corporal. Mais de cem anos depois, a prática vive um boom no Brasil. De 2019 a 2024, o número de check-ins em aulas de pilates registrados na plataforma Wellhub (antiga Gympass) cresceu 277,6%, colocando a modalidade como a segunda atividade física mais procurada no país, atrás apenas da musculação.

Para a fisioterapeuta Mary Helen, o crescimento tem relação com o entendimento mais amplo sobre a prática. Hoje, o pilates deixou de ser visto como algo apenas para idosos e se consolidou como complemento a outras atividades. “O pilates é para todas as idades e ajuda no fortalecimento, na respiração e na flexibilidade. Muitas pessoas fazem musculação e pilates juntos, porque percebem que um complementa o outro”, comenta. 

Além de melhorar a força e a postura, o pilates tem impacto positivo na saúde mental. A respiração controlada, somada ao movimento consciente, ajuda a reduzir o estresse e promover o bem-estar. “O exercício físico diminui o cortisol, que é o hormônio do estresse, e libera endorfina. Isso pode reduzir a ansiedade, melhorar o sono e até a autoestima”, explica a fisioterapeuta.

Pilates e as diferentes fases da vida da mulher

O método pode ser adaptado para diferentes fases da vida da mulher. Na adolescência, por exemplo, ajuda a desenvolver consciência corporal, melhora o desempenho físico e corrige problemas posturais. Até sintomas da TPM podem ser amenizados, já que a prática reduz tensões musculares e melhora a circulação sanguínea. “O corpo fica menos tenso e, com a respiração, a mulher se sente mais relaxada”.

Durante a gestação,  Mary pontua que o pilates atua tanto na prevenção quanto no alívio de desconfortos. “Trabalhamos muito a mobilidade articular, principalmente na região lombar, que é uma queixa comum das gestantes pela posição do bebê. Além disso, fazemos exercícios para fortalecer a musculatura do quadril e melhorar a respiração”.

Já no pós-parto, o foco é o retorno gradual e seguro. “A  volta é lenta e precisa respeitar o tempo do corpo. Nesse período, priorizamos a respiração mais profunda, a expansão da caixa torácica e alongamentos para recuperar a musculatura abdominal e alinhar a postura”, fala.

Na menopausa, a técnica auxilia no controle de sintomas como dores e insônia. “O pilates ajuda a oxigenar o corpo todo, trazendo relaxamento e aprimorando a qualidade do sono. Também fortalece a musculatura, desenvolve o equilíbrio para prevenir quedas e corrige a postura”.

O público do pilates mudou?

O perfil dos praticantes também mudou. Homens e jovens adultos têm procurado o pilates muitas vezes para complementar esportes como corrida e ciclismo. A popularização de estúdios modernos, com proposta “premium”, também atrai novos adeptos. “Esses formatos já são comuns no exterior e agora chegam ao Brasil. Acho interessante, mas sinto que podem perder a essência de atender às necessidades individuais”, observa Mary.

Mais do que uma tendência, o pilates é um convite para cuidar do corpo e da mente de forma integrada. Com novas modalidades e formatos chegando ao país, a prática parece ter encontrado espaço definitivo no cotidiano de quem vê no movimento não apenas um exercício, mas um investimento em longevidade e bem-estar.


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Foto de Laís Siqueira

Laís Siqueira

Jornalista

Jornalista e pós-graduada em Marketing, gosto de pesquisar, descobrir histórias e traduzir conceitos complexos em conteúdos que façam sentido. Sou movida pela curiosidade e pelo interesse em explorar o universo...
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