Falar da menopausa é comum, mas o que acontece antes? A perimenopausa, ou pré-menopausa, é a fase de transição que inúmeras mulheres começam a experimentar, frequentemente sem saber que estão nela. É um período em que o corpo feminino inicia um processo gradual de adaptação, com sinais e transformações que, uma vez compreendidos, podem tornar essa jornada mais suave e tranquila.
A perimenopausa marca a transição entre a idade fértil da mulher e a menopausa, quando a ovulação gradualmente cessa. Geralmente, a perimenopausa se inicia a partir dos 40 anos, embora algumas mulheres possam notar os primeiros sinais já no final dos 35. Durante essa fase, os ovários passam a ter uma produção irregular de estrogênio, um dos principais hormônios sexuais da mulher, preparando o corpo para o fim definitivo da menstruação.
Perimenopausa pode se prolongar por vários anos
Não há uma duração específica para a perimenopausa. Ou seja, ela pode se prolongar por vários anos e, em alguns casos, se estender por cerca de uma década antes da interrupção completa da menstruação por 12 meses, que caracteriza a menopausa. As alterações hormonais, principalmente do estrogênio, são as grandes responsáveis pelas mudanças percebidas.
De acordo com o artigo “Perimenopausa: da pesquisa à prática”, divulgado no site PubMed Central, os sintomas da perimenopausa são variados. É comum observar irregularidades menstruais, ondas de calor, suores noturnos, falta de sono, fadiga, ressecamento vaginal e diminuição da libido. As flutuações hormonais também podem afetar a atenção e a memória, além de aumentar a ansiedade e levar a um humor deprimido.
Além disso, certos fatores podem contribuir para a mulher entrar na perimenopausa precocemente, como tabagismo, histórico familiar de menopausa precoce, quimioterapia para o tratamento do câncer ou cirurgia para remoção do útero. Para diagnosticar a perimenopausa, o ginecologista avalia os sintomas relatados pela mulher em conjunto com sua idade.
Caso a mulher enfrente sintomas incômodos, diversas opções de tratamento podem ajudar a amenizar os quadros. Logo, buscar orientação médica é fundamental para explorar abordagens personalizadas, como mudanças no estilo de vida, terapia de reposição hormonal ou outras intervenções. Adaptações na rotina, como uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos, também podem fazer uma diferença na qualidade de vida durante essa transição.