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Viver mais tempo já é uma realidade em boa parte do mundo. Em diversos países, chegar aos 80 ou 90 anos deixou de ser exceção, e no Brasil esse movimento também se confirma. Cada vez mais, histórias de pessoas que seguem ativas, trabalhando, estudando ou redescobrindo hobbies na maturidade chamam a atenção para uma mudança no perfil da população.

De acordo com a Tábua de Mortalidade 2023, divulgada pelo IBGE, a expectativa de vida no país alcançou 76,4 anos. O resultado representa quase um ano a mais em relação ao levantamento anterior e supera o patamar registrado antes da pandemia. Entre os homens, a média passou para 73,1 anos; entre as mulheres, chegou a 79,7 anos.

Mas junto com a boa notícia de que estamos vivendo mais, cresce também uma dúvida: como transformar esses anos em tempo de qualidade? Foi para responder a essa questão que a geriatra norte-americana Kerry Burnight criou o conceito de joyspan (ou expectativa de alegria), uma forma de avaliar não apenas a duração da vida, mas a maneira como ela é vivida.

Para Burnight, viver muito não é o mesmo que viver bem. E esse bem-estar não é estático: pode ser cultivado e ampliado ao longo da vida. Seu livro Joyspan apresenta ferramentas para transformar a maneira como encaramos o envelhecimento, com base em ciência, mas também em experiências pessoais, entre elas, a convivência com sua mãe, Betty, hoje com 95 anos.

Joysoan e longevidade em diferentes fases

Pensar em longevidade não é apenas tema para idosos. O joyspan convida a refletir sobre escolhas em todas as etapas da vida. Na juventude, investir em hábitos saudáveis, estudos e relacionamentos estabelece a base para uma vida adulta equilibrada. Já na vida adulta, equilibrar trabalho, família e autocuidado ajuda a manter crescimento pessoal e bem-estar emocional. Na maturidade, lidar com mudanças, como aposentadoria ou novas responsabilidades familiares, exige adaptação e criação de novas rotinas. E na velhice, preservar autonomia, engajamento social e atividades é fundamental para manter a saúde física e mental.

Segundo Burnight, quatro ações são determinantes para ampliar a longevidade. O crescimento envolve buscar aprendizado constante e novas experiências, como hobbies, cursos e desafios que estimulam a mente e fortalecem a autoestima. A adaptação consiste em aceitar mudanças e desenvolver novas estratégias para lidar com elas, mantendo equilíbrio emocional e qualidade de vida.

A doação refere-se a dedicar tempo, atenção e afeto aos outros, prática associada a maior satisfação pessoal e redução de sintomas de depressão. Já a conexão envolve cultivar relacionamentos sólidos com familiares, amigos e comunidade, reconhecendo que relações de qualidade aumentam a longevidade e contribuem para a saúde mental.

Como incorporar o joyspan na prática

Além disso, ampliar o joyspan pode ser incorporado ao dia a dia com pequenas atitudes: participar de atividades comunitárias, grupos de interesse ou cursos; manter contato frequente com amigos e familiares; aceitar mudanças de rotina como oportunidade de reorganizar prioridades; dedicar-se a projetos sociais ou oferecer apoio a pessoas próximas; e continuar aprendendo em qualquer idade, estimulando mente e corpo.

Portanto, o joyspan propõe uma mudança de perspectiva: envelhecer não é apenas questão de tempo, mas de experiências vividas com propósito e significado. A ideia reforça que escolhas feitas em cada fase da vida têm impacto direto na qualidade dos anos que virão. No fim, a longevidade deixa de ser apenas uma métrica de anos e passa a ser medida pelo quanto conseguimos viver de forma plena, conectados e ativos, mesmo diante das inevitáveis mudanças do envelhecimento.


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