Enquanto boa parte da população vive conectada a celulares e computadores, checando notificações a todo momento, há uma parcela que tem descoberto um prazer diferente: o de se desconectar. Para quem experimenta essa libertação de sair de cena digital sem a menor ansiedade de estar perdendo algo importante, existe até um termo: JOLO (Joy Of Logging Off, ou a alegria de desconectar).

É a sensação de alívio e bem-estar que surge quando você escolhe conscientemente se desligar e trocar o turbilhão de informações online pela tranquilidade da vida sem internet. Imagine ler um livro sem interrupções de notificações, ter uma conversa profunda sem desviar o olhar para a tela ou até mesmo praticar um hobby manual, como tricô, sem a pressão de postar o resultado. Essa é a essência do JOLO.

JOLO não prega o abandono da tecnologia

A filosofia por trás do JOLO não prega o abandono da tecnologia, mas o estabelecimento de uma relação mais intencional e consciente, fugindo do piloto automático digital. Isso se manifesta de diversas formas: algumas pessoas estabelecem horários bem definidos para ficar online, desligando as notificações no resto do tempo; outras preferem deixar o celular em casa ao sair para um jantar com amigos ou familiares; e muitos estão optando por viver o momento, parando de fotografar tudo para postar depois. Essa desconexão pode melhorar a qualidade de vida e impactar a produtividade, pois, ao não estar sempre disponível, aprende-se a priorizar melhor as tarefas e a focar no que realmente importa, evitando distrações desnecessárias.

Os sinais de que o JOLO é uma tendência estão por toda parte. Vemos hotéis oferecendo experiências offline completas, restaurantes que incentivam (e às vezes até pedem) para que os clientes guardem o celular durante a refeição e até aplicativos que, ironicamente, recompensam você por passar horas longe da tela. Se antes o status podia vir de estar sempre conectado e disponível, hoje o verdadeiro luxo é ter a liberdade e o poder de escolher quando e como se desconectar. É a diferença entre ser controlado pela tecnologia e utilizá-la como uma ferramenta, apenas quando e como você realmente precisa.