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Blazer oversized, saia com tênis, alfaiataria desconstruída, crop top com calça larga: tudo no mesmo look. Para quem nasceu entre o fim dos anos 1990 e o início dos anos 2010, esse mix já virou comum. A Geração Z cresceu em meio a discussões sobre identidade, comportamento, diversidade e representatividade, o que trouxe essas questões também para o jeito de se vestir. Na prática, isso significa que roupas não têm mais gênero. Têm propósito, mensagem, estilo. E, acima de tudo, liberdade.

Essa liberdade estética e comportamental não surgiu do nada. No início do século passado, Coco Chanel já questionava o que era imposto às mulheres. Cansada dos vestidos pesados da época, ela trouxe tecidos leves, cortes retos e um novo olhar sobre o vestir. Depois, ousou ainda mais: incorporou elementos masculinos ao guarda-roupa feminino, como calças, blazers e referências náuticas. Foi uma visão de moda que, aos poucos, reconfigurou o lugar da mulher na moda e na sociedade.

Hoje, esse espírito de ruptura ganhou nova cara com a Geração Z. Azul para menino, rosa para menina? Essa lógica simplesmente não cola mais. Jovens não querem saber se a arara diz “masculino” ou “feminino”. Ou seja, querem roupas que expressem quem são, sem rótulos. No TikTok, hashtags como #genderlessfashion e #nonbinarystyle acumulam milhões de visualizações, enquanto marcas já nascem com coleções sem separação de gênero e influencers compartilham looks que misturam referências com total liberdade.

Geração Z também quer uma moda consciente e inclusiva

Além de derrubar barreiras de gênero, a Geração Z também quer uma moda consciente e inclusiva. Eles preferem marcas que falem com corpos reais, com tamanhos diversos e campanhas que representem a pluralidade de identidades. Sustentabilidade também importa: questionam excessos, reusam peças, garimpam brechós. Mas, acima de tudo, essa geração valoriza a autenticidade. Não basta ser ético, tem que ser verdadeiro. A estética vem junto com propósito.

Talvez Coco Chanel não imaginasse os looks da Geração Z combinando moletom com saia, tênis com alfaiataria e acessórios de todos os estilos possíveis. Mas, de certa forma, foi ela quem começou a abrir esse zíper. Hoje, quem dita o que vale não é mais a etiqueta ou a seção da loja, é o espelho. E quem se vê ali, com confiança, já está na moda.


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