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Você recebe uma mensagem  “lembrei de você” de alguém que te interessa e se sente radiante o dia inteiro. Ganha um simples chocolate e já começa a fantasiar sobre o futuro da relação. Quando gestos básicos ganham tanto peso, talvez estejamos diante de algo maior: a fome afetiva, um fenômeno que ensinou gerações de mulheres a aceitar migalhas como se fossem algo extraordinário.

A fome afetiva é quando pequenos gestos de atenção ganham uma proporção gigantesca na nossa vida. Um “bom dia” vira o assunto da conversa com as amigas. Ser convidada para um jantar já parece um grande evento. São coisas que deveriam ser o básico em qualquer demonstração de interesse, mas que acabam sendo tratadas como algo raro e precioso.

Expressão mapa da fome afetiva viralizou nas redes sociais

E não é coincidência que isso aconteça mais com as mulheres. Afinal, crescemos em uma cultura que ensina os homens a serem “machos alfa” desde pequenos, mas poucos conseguem sustentar essa máscara na vida adulta. O resultado? Muitos não sabem como demonstrar afeto de verdade, e a gente acaba achando que receber o mínimo é sorte grande. Não é à toa que que viralizou nas redes sociais a expressão de que a mulher heterossexual está no “mapa da fome afetiva”.

Não parece que estamos na era dos relacionamentos mais fluidos? Os aplicativos de namoro mudaram a dinâmica, tornando mais fácil conhecer pessoas, mas também trazendo menos compromisso e mais superficialidade. Nesse cenário, quando alguém responde rápido no WhatsApp ou demonstra um pouquinho de interesse, já vira algo especial. Mas será que as pessoas realmente querem se conectar ou só querem se sentir desejadas? Em um mundo tão distraído, é raro encontrar quem esteja genuinamente disponível para construir um vínculo profundo.

Mas calma, o afeto ainda existe. O problema não é a forma como nos relacionamos hoje, mas a dificuldade de identificar quem realmente vale a pena. A questão é afinar o olhar para não desperdiçar energia com quem não está na mesma página que você. Talvez seja hora de parar de reclamar da geração líquida e focar no que realmente importa: buscar abundância afetiva em vez de se contentar com a carência. Porque, convenhamos, todo mundo merece mais do que migalhas.


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