Uma tendência inusitada tem ganhado destaque nos consultórios de dermatologia estética: o uso do PDRN (polidesoxirribonucleotídeo), uma substância extraída do DNA do esperma de salmão. Longe de ser apenas um ingrediente exótico, o PDRN promete rejuvenescimento e regeneração celular.
Essa substância tem ajudado no combate aos sinais do tempo e na recuperação da pele. “O PDRN é a célula mais pura de um tipo específico de salmão, com propriedades anti-inflamatórias, despigmentantes e de regeneração celular”, explica a dermatologista Carolina Portela, que participou do programa Conexão Viva Bem, apresentado por nossa colunista Flávia Alessandra.
O tratamento funciona como um bioremodelador e incentiva a produção natural de colágeno, bem como promove hidratação profunda da pele. Em países como Coreia do Sul e Estados Unidos, onde o procedimento é liberado, as microinjeções são aplicadas diretamente no rosto em sessões de cerca de 40 minutos. Os efeitos colaterais são geralmente leves, como vermelhidão e inchaço, que desaparecem em poucas horas. “Faz parte dos procedimentos menos invasivos, sem tempo de recuperação. Você faz e pode seguir sua vida normalmente”, destaca a especialista.
Esperma de salmão ainda não é liberado para injetar no rosto no Brasil
No Brasil, porém, a situação é diferente. “Aqui não é liberado injetar no rosto, mas pode-se usar cosméticos com PDRN ou aplicar com laser”, esclarece a dermatologista. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não aprovou o uso injetável da substância para fins estéticos faciais, o que limita as opções de tratamento no país.
A coleta do PDRN é um processo meticuloso e tecnológico. O DNA é extraído do esperma de salmão de espécies específicas e, em seguida, passa por rigorosa purificação em laboratórios especializados. Essa etapa garante que o produto final seja seguro para uso em humanos, eliminando qualquer risco de contaminação. A substância tem atraído atenção também de celebridades como Kim Kardashian e Lady Gaga, que já aderiram ao procedimento.
Para explorar os potenciais benefícios do PDRN na pele, é fundamental consultar um dermatologista qualificado. Somente um especialista poderá avaliar as necessidades individuais, determinar a melhor abordagem e assegurar que o tratamento seja realizado com segurança para garantir resultados satisfatórios.