Envelhecer com saúde é um desejo compartilhado por todos, mas exige escolhas conscientes ao longo do caminho. Entre elas, manter-se ativo ganha destaque, principalmente na terceira idade, quando os efeitos do sedentarismo ficam ainda mais evidentes. E é justamente nesse ponto que o educador físico entra na história: além de orientar, ele acompanha cada passo e garante que a atividade física seja segura, prazerosa e adaptada às necessidades de cada pessoa.
Com o avançar da idade, o corpo passa por mudanças naturais: há perda de massa muscular, redução da densidade óssea e diminuição da flexibilidade. Sem exercícios, essas alterações podem comprometer a independência e aumentar o risco de quedas e fraturas. “A atividade física deve ser personalizada. É sempre fundamental avaliar caso a caso, verificar as doenças e limitações que determinada pessoa tem e qual exercício seria o mais indicado”, alerta o médico geriatra Alexandre de Mattos. Segundo ele, cada corpo tem suas particularidades e é o acompanhamento profissional que garante segurança e resultados.
O papel do educador físico
O educador físico planeja treinos que equilibram força, flexibilidade e equilíbrio, ajudando os idosos a manterem autonomia e segurança. Para quem é independente e saudável, atividades como caminhadas, dança ou hidroginástica, somadas a exercícios leves de força e equilíbrio, são recomendadas.
Já aqueles com mobilidade reduzida podem se beneficiar de exercícios na cadeira, com elásticos ou caminhadas supervisionadas. E, para os mais frágeis, até pequenos gestos do cotidiano, como levantar, sentar e caminhar curtas distâncias dentro de casa, ganham valor quando acompanhados por orientação profissional.
“Na terceira idade, todo movimento importa. O importante é começar. Para quem nunca fez nada, pode iniciar até com 5 minutos de atividade por dia e ir progredindo aos poucos”, ressalta Mattos. O educador físico é essencial nesse processo, oferecendo motivação e apoio para que o idoso não apenas se mova, mas se sinta confiante ao fazê-lo.
A prática regular de exercícios fortalece os músculos, melhora a postura e o equilíbrio, ajuda a prevenir quedas e ainda estimula a circulação cerebral. Mas os benefícios vão além do físico: atividades orientadas por um profissional aumentam a autoestima, promovem socialização e criam rotina. Participar de aulas coletivas ou exercícios em grupo ajuda a combater o isolamento, criando oportunidades para interação e novas amizades.
Portanto, o que transforma a vida na terceira idade não é apenas sair do sedentarismo, mas contar com alguém que saiba conduzir cada treino. Ter um educador físico por perto significa envelhecer com mais autonomia, segurança e qualidade de vida, bem como perceber que, mesmo na terceira idade, sempre é possível começar a se mover e aproveitar cada momento com confiança.