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Uma das maiores lições da vida, aprendida não sem alguns tropeços e machucados, é que tudo é cíclico. Para mim, é particularmente difícil aceitar que os ciclos têm um fim, principalmente quando esse ponto final surge de forma natural e, digamos, sem aviso prévio.

Na época da escola, tinha certeza absoluta de que as amizades de infância seriam para sempre. Que nada! A vida deu um twist daqueles e, de repente, percebi que algumas colegas que eu imaginei como minhas madrinhas de casamento nem perguntavam mais como eu estava, nem se faziam presentes. Inclusive, comentei no episódio Conselhos do podcast “Pé no Sofá Pod”, que comando ao lado da minha mãe, que teve uma dessas amigas que quando se afastou foi difícil aceitar… nossa, doeu igual arrancar esparadrapo grudado na pele.

Essa dificuldade de desapegar é um traço humano bem comum, e posso dizer que a minha vida é um exemplo disso. Já faz mais de 10 anos que me despedi do meu pai e essa foi daquelas dores que a gente acha que nunca vai passar. Mas tive sorte e ganhei outro pai, em um desses movimentos inesperados que só a vida consegue orquestrar.

Desapegar não significa apagar o que vivemos

Esses vai-e-vens de pessoas e fases nos mostram, às vezes meio na marra, que nada é para sempre. E é exatamente nisso que está a beleza e também o perrengue do crescimento. Aceitar que um ciclo acabou não é apagar o que vivemos; é dar espaço para o novo, o inesperado e as novas versões de nós mesmos que vão surgindo. É como uma série da Netflix: por mais que amemos a primeira temporada, sempre tem uma nova chegando para nos prender!

Desapegar não quer dizer que você não liga ou não valoriza o que viveu. Pelo contrário, é um baita ato de amor próprio e de respeito pela jornada de cada um, incluindo a nossa. É reconhecer que há pessoas que apareceram para nos ensinar algo, para caminhar junto por um tempo, mas que a missão ali se cumpriu. É como uma peça de teatro: baixa a cortina de um ato, mas o show da vida continua, com personagens e cenários novos entrando em cena.

E você, também se identifica com essa dança dos ciclos e essas despedidas que a vida nos impõe? Como você tem aprendido a desapegar e a abraçar as novas fases, com ou sem lágrimas (e com um pouco de humor, se possível)?


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autoria

Foto de Giulia Costa

Giulia Costa

Artista e assistente de direção

Artista, cineasta e amante do mar, da natureza e dos animais. Entusiasta de um olhar mais leve e de conversas francas. No Meu Ritual quero inspirar cada um a ter uma jornada mais gentil – com menos pressa e...
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