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Lembro bem da primeira vez que vi o Ney Matogrosso ao vivo. Eu tinha sete anos e fiquei completamente hipnotizada. No meio do show, virei para minha mãe e perguntei: “O que ele é?”. Ela me respondeu: “Ele é um artista”. E ali fiquei, hipnotizada, reparando em tudo que envolvia aquele universo que ele estava inserido. Naquela noite, decidi que também queria ser artista.

Aquele dia não saiu da minha cabeça e foi assim que comecei a buscar tudo o que pudesse me aproximar desse universo: teatro, canto, interpretação… e, claro, a dança. Logo percebi que a dança não era só mais uma aula entre tantas. Era um lugar. Um lugar onde o corpo falava, antes mesmo das palavras chegarem. Onde eu escutava o meu corpo.

Cresci dançando. A dança sempre foi uma das minhas formas de autocuidado e comecei isso ainda adolescente. Para mim, a dança é mais do que movimento,  é linguagem, é criação, é a possibilidade de transformar sentimentos em gestos. É esse mergulho que alimenta a sensibilidade que todo artista precisa cultivar.

Quando vivi a Alzira, na novela “Duas Caras”, e me vi ensaiando pole dance quase todos os dias, lembro do dia que pedi para a Globo instalar um pole dentro da minha casa para que eu pudesse praticar todos os dias. Ali, algo despertou de novo. Não era só a preparação para uma personagem. Era um reencontro com aquela menina que dançava.

O pole me mostrou uma nova consciência corporal. Cada giro, cada subida no tubo exigia força dos braços e ombros, sustentação do abdômen e, principalmente, confiança no próprio corpo. Era treino físico, mas também era liberdade. Descobri outra maneira de me expressar, intensa, desafiadora e transformadora.

A dança também me ensinou que o corpo guarda histórias. E que, muitas vezes, o bem-estar começa justamente aí: quando damos espaço para essas histórias emergirem, se moverem, se transformarem. Não importa saber dançar, o que conta mesmo é se permitir sentir e deixar que o corpo encontre seu próprio jeito de se expressar.

Hoje, mais do que um exercício físico ou uma lembrança de cena, cada vez que danço, lembro daquela menina de sete anos que descobriu que ser artista era, antes de tudo, uma forma de existir com mais presença. Com mais verdade. Com mais corpo.

E você, gosta de dançar ou quer aprender? Confira as aulas do professor Wallace abaixo!


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autoria

Foto de Flávia Alessandra

Flávia Alessandra

Artista e Empresária

Atriz, apresentadora, empresária e palestrante, sou inquieta – geminiana, né? –, curiosa e, além de ter fundado o Meu Ritual, também vou dividir por aqui assuntos que fazem parte da minha rotina.
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