Encontre no blog

Patrocinado

Ficar acordado por muitas horas seguidas pode diminuir a eficiência mental, mas um cochilo à tarde de 90 minutos é capaz de reverter esse processo. Segundo um estudo da Universidade de Berkeley, quem pratica o cochilo à tarde recupera a capacidade de concentração, bem como melhora o desempenho em atividades que exigem memorização. Isso acontece porque o cérebro, assim como o corpo, precisa de pausas estratégicas para se reorganizar e continuar funcionando em alto nível.

Durante o experimento, os pesquisadores testaram 39 jovens adultos divididos em dois grupos. Um grupo tirou uma soneca de cerca de 90 minutos, enquanto o outro permaneceu acordado. Além disso, todos participaram de uma tarefa de memorização ao meio-dia que exigia trabalho intenso do hipocampo, área cerebral responsável pela formação de memórias. Nessa primeira fase, ambos os grupos tiveram desempenho igual, o que mostrou que, no início, a fadiga ainda não havia se acumulado.

O cochilo atua como um “reset” da memória

Posteriormente, às 18h, quando repetiram a atividade, os resultados mudaram. Quem ficou acordado teve queda no rendimento, apresentando mais dificuldade para reter novas informações. Em contrapartida, o grupo que praticou o cochilo à tarde melhorou a performance. De acordo com os pesquisadores, a soneca atua como um “reset” da memória de curto prazo, liberando espaço para novas aprendizagens. Isso significa que, longe de ser perda de tempo, o cochilo funciona como uma ferramenta de produtividade.

O estudo confirma descobertas anteriores da mesma equipe, que apontam a perda de capacidade cognitiva ao longo do dia quando não há pausas adequadas. Também mostram que passar a noite sem dormir pode reduzir em até 40% a habilidade de absorver fatos novos, prejudicando tanto o aprendizado quanto a memória.

Para quem deseja incorporar o hábito na rotina, a recomendação é cochilar até 30 minutos entre meio-dia e 14h. Esse intervalo já é suficiente para trazer benefícios sem comprometer o sono noturno. O ideal, segundo especialistas, é enxergar a soneca como parte do autocuidado diário, assim como uma boa alimentação e a prática de exercícios, e não como um sinal de preguiça.


Compartilhe:

Patrocinado
Patrocinado