Se eu pudesse te dar uma boa dica de beleza, diria: vá conhecer Minas Gerais. Coloquei na minha cabeça que preciso viajar mais e aproveitar as belezas do Brasil. Depois de muitas maquiagens, gravações e compromissos ao longo do ano, decidi tirar férias e visitar algumas cidades mineiras.

Tirar alguns dias de descanso é tudo o que a gente precisa para esvaziar a cabeça da enxurrada de informações que recebemos cada vez mais no dia a dia. Sempre penso que a criatividade, muitas vezes, nasce do descompromisso. Às vezes, a gente só precisa sair um pouco do universo do trabalho para conseguir voltar mais leve, mais inteiro, reenergizado… E quando esse tempo de pausa vem acompanhado de natureza, céu azul de inverno, pão de queijo, cachoeira e arte, tudo isso fica ainda melhor.

Dicas do que fazer em Minas Gerais

Se eu fosse você, começaria como eu fiz: por Belo Horizonte. Me perderia nos labirintos dos corredores do Mercado Central, conhecendo todos os tipos de queijo, e aproveitaria para provar os sabores dos restaurantes do Mercado Novo.

Separar um dia para uma imersão nas obras de arte ao ar livre em Inhotim é uma das experiências mais bonitas que você pode se oferecer. Depois, pegar a estrada rumo a Ouro Preto e mergulhar na história do Brasil entre as ladeiras e as obras-primas do mestre Aleijadinho. Finalize o dia assistindo a uma peça no Teatro da Casa da Ópera, que, com seus 250 anos, é o mais antigo do Brasil. Ali, você vai entender o que é o puro suco da beleza.

Tiradentes, com seu charme colonial e a serra de São José ao fundo, reúne história, artesanato, boa gastronomia e um clima que faz a gente desacelerar. Eu acho que não precisamos ir muito longe para encontrar o que realmente importa.

E para fechar com a cereja do bolo: pegue a estrada até Ibitipoca. Seja acolhido com afeto pelos moradores, visite as inúmeras cachoeiras, veja o pôr do sol na praça com o som dos passarinhos e acenda uma fogueira à noite. É como se o tempo passasse devagar ali, no ritmo do essencial. Porque, às vezes, a maior beleza está justamente nisso: nas pausas.