Desde muito cedo, lembro de ter uma preocupação com a minha aparência e com o meu corpo. Aos 11 anos, já me sentia insegura, observando a pele das outras meninas e questionando a minha. Essa voz crítica, muitas vezes dura demais, insistia em ecoar na minha cabeça. Mas, ao longo do tempo, percebi o quanto falar em voz alta o que penso pode mudar tudo. Quando um pensamento negativo surge, me pego respondendo a ele com algo positivo. Afinal, ao verbalizar, nossa mente e nosso coração absorvem melhor a mensagem e transformam a autocrítica em autoafirmação.
Muitas das decisões que tomamos, principalmente no universo da beleza, são influenciadas por uma pressão externa quase invisível. É como se um padrão inalcançável ditasse as regras, nos impulsionando a buscar procedimentos que, talvez, não faríamos se não vivêssemos nessa constante comparação. Dizemos que é “por nós”, mas a verdade é que se não fosse a cobrança da sociedade, essa vontade nem existiria.
Nesse processo de redescoberta, algumas práticas se tornaram meus grandes aliados. Minha rotina de skincare, seja ao acordar ou antes de dormir, é um momento de pausa prazerosa, um ritual de autocuidado que me reconecta. E, sem dúvida, a decisão de não me comparar com outras pessoas nas redes sociais foi libertadora. Sempre que eu me via rolando o feed e comparando minha vida ou minha aparência, a sensação era de desânimo. Sair um pouco desse ambiente, que muitas vezes nos puxa para baixo, possibilita que a gente se reconecte com o que importa.
Meu conselho, do fundo do coração, é este: compare-se menos. A grama do vizinho pode parecer mais verde, mas cada um tem seu próprio jardim. Dê um tempo das redes sociais ou use-as de forma consciente, lembrando que elas são apenas um recorte e não a realidade completa. E, por fim, reconecte-se com quem te faz bem, seja amigos, família ou seu pet. Pessoas que te elevam e te aceitam como você é, sabe? Lembre-se: sua conversa interna é a mais importante que você terá.