Esporte, desempenho escolar e comportamento em casa têm uma conexão poderosa! Durante um bate-papo com Flávia Alessandra, Otaviano Costa e Rafael Lund, o ex-judoca e medalhista olímpico Flávio Canto compartilhou histórias inspiradoras sobre como o Instituto Reação tem transformado a vida de jovens. Ao longo da conversa, Canto contou os impactos da atividade física além dos tatames.
“Eu fui dar aula na Rocinha sem ter muita noção da força que o esporte e o judô teria para gente falar em educação, em transformação. Eu ouvia que o esporte melhora a vida das pessoas. Tinha melhorado a minha. Então, eu entrei no judô depois de sofrer bullying na escola e nunca mais sofri bullying. Já tinha algum histórico de resultado por causa do esporte além do tatame. Para minha surpresa, logo no primeiro dia eu fui impactado pela reação da garotada que entrava: uns mais indisciplinados, outros com problema na escola. Pouco tempo depois os pais vinham falar: ‘Ó, melhorou na escola, melhorou em casa’, e eu comecei a ver que aquilo era bom”, contou Flávio.

Flávio começou no judô aos 14 anos, idade que muitos consideram tarde (antes praticou outros esportes). Viu Aurélio Miguel ser campeão olímpico e decidiu entrar pro judô. Aos 15 anos já era faixa laranja, uma graduação que indica um nível intermediário de aprendizado no judô, onde o praticante já domina os fundamentos básicos da modalidade. Ele era levado pelo técnico, com certa frequência, para treinar com as meninas da seleção feminina.
Sem perceber, ele desenvolveu e passou adiante, através do judô, várias soft skills (atributos pessoais e traços de personalidade que refletem no modo como uma pessoa se comporta e age), como a paciência, a resiliência, a disciplina, bem como o treino com consistência e a responsabilidade.