Ir ao teatro, ler um livro, visitar uma exposição de arte ou dançar. Mesmo quando esporádicas, atividades culturais como essas têm impacto direto na saúde física e mental, segundo um levantamento da consultoria Frontier Economics em parceria com o Centro Colaborador para Artes e Saúde da Organização Mundial da Saúde. O estudo indica que o consumo de arte está associado à redução de dores crônicas, depressão, estresse e solidão. Além disso, pode até diminuir a dependência de medicamentos.
De acordo com o estudo, o envolvimento com a arte, seja como público ou como criador, ativa mecanismos neurológicos e fisiológicos semelhantes aos estimulados por tratamentos médicos. Esses estímulos ajudam a proteger contra o declínio cognitivo e fortalecem o funcionamento físico, sobretudo entre pessoas idosas.
E isso vale para diferentes formas de expressão. A leitura de um poema, uma roda de samba, um desenho feito em silêncio ou uma ida ao teatro: tudo isso contribui para o bem-estar, promove conexões sociais e amplia a sensação de pertencimento. Em outras palavras, a arte funciona como exercício para o cérebro e refúgio emocional.
A arte pode estimular a capacidade de resolver problemas
Participar de experiências artísticas também estimula a criatividade e a capacidade de resolver problemas de forma inovadora. Ao entrar em contato com novas narrativas, cores, sons ou movimentos, o indivíduo é convidado a enxergar diferentes perspectivas e a expandir seu repertório cultural. Esse processo, além de prazeroso, pode refletir positivamente no dia a dia, aumentando a resiliência diante de desafios pessoais e profissionais.
Além do cuidado individual, a arte cumpre múltiplas funções coletivas: é crítica social e política, memória viva, afirmação cultural e espaço de experimentação. Ela fortalece identidades, dá voz a grupos diversos e carrega a capacidade de emocionar e transformar.
Com o avanço da tecnologia, o acesso à arte é agora mais acessível do que antes. Acervos digitais, eventos online, leilões virtuais e plataformas de streaming têm levado obras e experiências culturais a novos públicos, em qualquer lugar. Democratizar o contato com a arte é, hoje, uma realidade em expansão e uma forma concreta de promover saúde, bem-estar e expressão humana.