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Amar a si mesmo é um processo. Não acontece de repente, nem depende de tudo estar certo ou perfeito. Parte desse processo está em aprender a aceitar a vida como ela se apresenta e não como gostaríamos que fosse. Esse é o princípio do amor fati: amar o próprio destino, inclusive suas contingências e limites.

Já falei no podcast Pé no Sofá Pod sobre como tem sido difícil se relacionar ultimamente. E percebi que muito disso vem da nossa dificuldade em lidar com o inesperado, com o que não podemos controlar. Aceitar não é se resignar; é reconhecer a realidade e escolher nossa postura diante dela. É assumir que nem sempre o mundo vai coincidir com nossos planos ou desejos, e que insistir nisso só gera frustração. Como disse Maria Bethânia: é “a arte de sorrir cada vez que o mundo diz não”.

Quando aprendemos a aceitar o que não podemos mudar, surgem possibilidades que antes passavam despercebidas. Aceitar o mundo como ele é, em vez de como imaginamos que deveria ser, é também um passo importante para nos relacionarmos melhor com nós mesmos e com os outros. Esperar que tudo se encaixe perfeitamente impede de amar de verdade; o amor precisa de espaço para lidar com imperfeições e surpresas.

Amar a si mesmo nesse contexto significa compreender que a vida não é linear e que os obstáculos fazem parte do caminho. É olhar para as situações difíceis e escolher reagir com consciência, sem se perder em arrependimentos ou comparações. Cada desafio é, ao mesmo tempo, uma oportunidade de aprendizado e uma chance de fortalecer a própria capacidade de lidar com o inesperado.

Essa prática diária de aceitação me ajuda a reduzir tensões e a sentir menos frustração. Não significa que vou gostar de tudo que acontece, mas que posso aprender a conviver com o que não posso mudar, e até encontrar formas de tirar algo positivo disso.

Amar a si mesmo é, no fim, também amar o que acontece. É reconhecer nossas limitações, acolher nossas escolhas e aceitar que algumas situações estão além do nosso controle. E isso me faz perguntar: e você, o quanto tem permitido que a vida seja como ela é, em vez de tentar moldá-la ao seu ideal? Talvez a liberdade de amar e se relacionar de verdade comece justamente aí.


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Foto de Giulia Costa

Giulia Costa

Artista e assistente de direção

Artista, cineasta e amante do mar, da natureza e dos animais. Entusiasta de um olhar mais leve e de conversas francas. No Meu Ritual quero inspirar cada um a ter uma jornada mais gentil – com menos pressa e...
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